Comício da CDU enche Coliseu dos Recreios

Confiança num projecto de<br> progresso e soberania

Con­fi­ança: não há me­lhor pa­lavra para des­crever o am­bi­ente que se viveu no grande co­mício da CDU que, na tarde de sá­bado, en­cheu por com­pleto o Co­liseu dos Re­creios, em Lisboa. Con­fi­ança num bom re­sul­tado nas elei­ções de 25 de Maio, é certo, mas so­bre­tudo no pro­jecto de pro­gresso e so­be­rania que a Co­li­gação propõe e cor­po­riza.

PS, PSD e CDS são forças si­a­mesas, em Por­tugal e na Eu­ropa

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Se os eleitos da CDU no Par­la­mento Eu­ropeu – como nas res­tantes ins­ti­tui­ções, aliás – são di­fe­rentes de todos os ou­tros, quer na quan­ti­dade da in­ter­venção quer no seu con­teúdo ímpar ao ser­viço do povo e do País, também o são os seus can­di­datos e ac­ti­vistas e as suas ini­ci­a­tivas. Nelas não há os can­di­datos e «os ou­tros» nem há pa­la­vras ditas para iludir re­a­li­dades e dis­farçar in­co­e­rên­cias e cum­pli­ci­dades.
Na CDU, os can­di­datos são «apenas» (e tanto que isso é!) os rostos de um pro­jecto que une co­mu­nistas, eco­lo­gistas e mi­lhares de de­mo­cratas in­de­pen­dentes que, ho­nesta e de­sin­te­res­sa­da­mente, lutam por um País mais justo, de­sen­vol­vido e so­be­rano e por uma Eu­ropa de paz e co­o­pe­ração entre es­tados iguais em di­reitos. Em co­e­rência com esta pos­tura, nos co­mí­cios e nou­tras ini­ci­a­tivas da Co­li­gação PCP-PEV, apre­senta-se pro­postas sé­rias e co­e­rentes, gostem ou não os «mer­cados», ao mesmo tempo que se aponta ca­mi­nhos con­sis­tentes, re­jei­tando as «ine­vi­ta­bi­li­dades» que trou­xeram o País ao ato­leiro em que se en­contra.
Fácil não será, é certo. Mas, como afirmou Je­ró­nimo de Sousa no co­mício de sá­bado, «com a força do povo, é pos­sível um Por­tugal com fu­turo». As cen­tenas de ac­ti­vistas e apoi­antes da CDU que en­cheram o Co­liseu (como ou­tros, muitos ou­tros, que ali não es­tavam) são a mais só­lida ga­rantia de que esse País de pro­gresso, jus­tiça so­cial e so­be­rania por que lutam as forças que com­põem a CDU será uma re­a­li­dade. Mais cedo ou mais tarde. Mais cedo do que tarde.
É pre­ci­sa­mente a fir­meza e ab­ne­gação dos ac­ti­vistas da CDU, a in­ter­venção qua­li­fi­cada dos seus eleitos e a jus­teza da sua pro­posta po­lí­tica – uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, ins­pi­rada nos va­lores de Abril – que per­mite à Co­li­gação en­frentar a ba­talha elei­toral para o Par­la­mento Eu­ropeu com a con­fi­ança que so­bres­saiu do grande co­mício de sá­bado, ele pró­prio uma «en­tu­si­as­mante afir­mação de con­fi­ança», nas pa­la­vras do pri­meiro can­di­dato João Fer­reira. A mesma e «imensa con­fi­ança que cada vez mais por­tu­gueses têm na CDU e no seu papel in­subs­ti­tuível na de­fesa dos seus di­reitos», acres­centou.

Abril pre­sente e vivo

Esta con­fi­ança, pre­sente em todas as in­ter­ven­ções pro­fe­ridas no co­mício, na mag­ní­fica ac­tu­ação da Ronda dos Quatro Ca­mi­nhos e no en­tu­si­asmo cons­tante dos ac­ti­vistas da CDU, não ficou li­mi­tada ao in­te­rior das pa­redes do Co­liseu. A en­trada dos ac­ti­vistas da CDU no re­cinto foi pre­ce­dida de dois des­files – ini­ci­ados nos Res­tau­ra­dores e no Rossio – nos quais se afirmou bem alto a ne­ces­si­dade ur­gente de der­rotar o Go­verno e a po­lí­tica de di­reita e de, re­for­çando a CDU, abrir ca­minho à cons­trução da po­lí­tica al­ter­na­tiva de que o País ne­ces­sita.
Antes dos dis­cursos po­lí­ticos – que es­ti­veram a cargo do Se­cre­tário-geral do PCP, Je­ró­nimo de Sousa; do pri­meiro can­di­dato da CDU ao Par­la­mento Eu­ropeu, João Fer­reira; da re­pre­sen­tante do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes», He­loísa Apo­lónia; do di­ri­gente da As­so­ci­ação In­ter­venção De­mo­crá­tica, João Cor­re­gedor da Fon­seca; e da man­da­tária da lista da CDU e an­tiga de­pu­tada, Ilda Fi­guei­redo –, ou­tras pa­la­vras de luta e de sonho foram ali ditas pelos ac­tores Fer­nando Ta­vares Mar­ques e Adriana Rocha. Pa­la­vras dos po­etas An­tónio Aleixo, José Gomes Fer­reira, Mário Cas­trim e José Carlos Ary dos Santos que per­ma­necem não só ac­tuais como pro­fun­da­mente cra­vadas no co­ração da­queles que de­dicam o me­lhor das suas ener­gias e forças à luta por um País que siga o ca­minho que Abril en­cetou.
A Re­vo­lução de Abril e os seus va­lores, sempre pre­sentes na acção quo­ti­diana das forças que com­põem a CDU, teve uma forte ex­pressão no co­mício: nas pa­la­vras dos dis­cursos e dos po­emas, nas can­tigas, nos cravos lan­çados e no cantar co­lec­tivo do «Grân­dola, Vila Mo­rena». A ga­rantir que, como afirmou He­loísa Apo­lónia, «pelos va­lores de Abril, cá es­tamos nós, a CDU».


A força di­fe­rente das que são todas iguais

A CDU é a «única força que dá ga­ran­tias de con­duzir con­se­quen­te­mente, e levar até ao fim, a ba­talha pela der­rota da po­lí­tica de di­reita e das forças que, em Por­tugal e na Eu­ropa, a pro­ta­go­nizam». A afir­mação é do Se­cre­tário-geral do PCP, que acres­centou em se­guida que a Co­li­gação é, também, a que ver­da­dei­ra­mente luta pela con­cre­ti­zação de uma nova po­lí­tica para «servir o povo e o País» e não, como o fazem PS, PSD e CDS, para fa­vo­recer a «es­pe­cu­lação, os agi­otas e os grandes ban­queiros».
Con­si­de­rando que a si­tu­ação ac­tual do País re­sulta de 37 anos de po­lí­tica de di­reita, apos­tada na «re­cu­pe­ração ca­pi­ta­lista e res­tau­ração mo­no­po­lista», Je­ró­nimo de Sousa acusou ainda esses três par­tidos de «vas­sa­lagem» ao Tra­tado Or­ça­mental e às res­tantes im­po­si­ções da União Eu­ro­peia. De facto, lem­brou, es­ti­veram todos juntos – lá, no Par­la­mento Eu­ropeu, como cá, na As­sem­bleia da Re­pú­blica e no go­verno – no pros­se­gui­mento da po­lí­tica de di­reita. Quanto à CDU, con­cluiu, provou ser a única força «ver­da­dei­ra­mente al­ter­na­tiva ao ac­tual rumo, seja para Por­tugal, seja para a Eu­ropa».
Antes, já João Fer­reira tinha sa­li­en­tado as se­me­lhanças entre o PS e os par­tidos que su­portam o Go­verno. Se­me­lhanças essas que se têm ex­pres­sado ao longo dos anos – dé­cadas! – em ques­tões tão ful­crais como as re­formas da PAC, que têm ar­rui­nado a agri­cul­tura por­tu­guesa; a re­dução dos im­postos sobre os lu­cros dos grupos eco­nó­micos; a apro­vação do Tra­tado Or­ça­mental, que «con­dena o País à de­pen­dência»; a Po­lí­tica Comum de Pescas, que apro­funda a des­truição da frota pes­queira na­ci­onal; o or­ça­mento co­mu­ni­tário, que reduz as verbas atri­buídas a Por­tugal e con­di­ciona ainda mais a sua uti­li­zação. A «mu­dança» que o PS não se cansa de apre­goar não passa, pois, de uma mera «dança de ca­deiras».
João Fer­reira afirmou ainda que é o PS que «tem sempre es­co­lhido e propõe-se de novo es­co­lher esse lado a que temos dado com­bate, o lado da po­lí­tica de di­reita, do apoio às po­lí­ticas e ins­tru­mentos da União Eu­ro­peia para subs­ti­tuir a ac­tual troika por uma troika com outro nome e con­fi­gu­ração; o lado dos PEC, do pacto de agressão, do Tra­tado Or­ça­mental – ins­tru­mentos de uma mesma po­lí­tica». O can­di­dato da CDU lem­brou em se­guida um de­safio que lançou, num de­bate pú­blico, aos can­di­datos do PS e do PSD/​CDS, ambos de­pu­tados no Par­la­mento Eu­ropeu, para que no­me­assem uma (uma só) ma­téria im­por­tante em que te­nham vo­tado de forma di­fe­rente. Ficou sem res­posta.
Quanto ao voto na CDU, ga­rantiu João Fer­reira, «con­tará para a exi­gência de de­vo­lução de sa­lá­rios e di­reitos», dará voz à firme de­fesa dos in­te­resses do povo e do País e abrirá ca­minho a uma nova po­lí­tica, pa­trió­tica e de es­querda.

 



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